quinta-feira, 29 de abril de 2010

Endgame crítica


Como acredito ser de conhecimento geral entre os headbangers, em 2009 o Megadeth lançou seu décimo segundo álbum de estúdio, posso estar até meio atrasado com as críticas, mas mesmo assim acho que vale apena avaliar mais um ponto de vista.

Como muitos sabem o Megadeth desde o inicio, tem sofrido várias atribulações em sua formação, mas mesmo assim Dave Mustaine consegue um disco atrás do outro se superar, tendo chegado a gravar o que seriam definitivos clássicos do Thrash Metal com os álbums “Peace sells...But Who’s Buying” e o “Rust in Peace” . Este ultimo álbum alcançou com certeza a formação mais precisa da banda e que automaticamente lhe rendeu o título de formação clássica, o que traria para Mustaine, mais tarde sérias dores de cabeça.

Pouco a pouco a formação foi se fragmentando e como conseqüência disso os albums começaram à causar um após o outro menos impacto. O Megadeth não chegou a escrever um disco ruim, pelo menos em minha opinião, mas escreveu sim alguns discos que passam batido aos ouvidos meus e dos headbangers em geral.

Alguns anos passados Dave Mustaine, vêm com uma formação basicamente de músicos contratados e grava o excelente “The System Has Failed” que seria uma preparação para um retorno definitivo do Megadeth. Então é lançado o “United Abominations” um disco que teve uma certa aceitação do público, mas na minha opinião um disco bem fraco, é um bom disco, mas quem gravou uma vez o Rust in Peace, poderia fazer um disco melhor e acredito que Dave Mustaine tenha pensado da mesma maneira, pois não demorou muito pra ele ofuscar totalmente qualquer brilho que esse disco tivesse, com o seu sucessor.

O “Endgame” décimo segundo álbum de estúdio do megadeth foi com certeza, para Dave Mustaine um sinal de alto superação, é um disco recheado de riffs poderosos, uma imensidade de solos, que pasmem, não soam muito pretensiosos(Obs.: a única coisa que desmente essa afirmativa em alguns momentos sãos as linhas de guitarra de Chris Broderick) linhas de baterias fantásticas e linhas de baixo dignos de uma linha de baixo do Megadeth.

Todos esses fatores somados, colocam esse disco entre os melhores do Megadeth, superando até mesmo alguns clássicos, claro que ainda não está em nível de “So far, so good...so what?” , “Peace sells...But Who’s Buying” ou “Rust in Peace”, mas vence com facilidade todos os outros.

Esse é o primeiro disco do Megadeth com Chris Broderick, talvez por isso ele não tenha impressionado muito os meus ouvidos. Dave Mustaine sempre procurou por guitarristas melódicos, para que pudessem contrastar com sua guitarra “suja” e veloz, todos os guitarristas anteriores mostraram muita personalidade, quesito no qual Chris Broderick não teve muito sucesso talvez por ser o típico virtuoso.

Os solos de Chris Broderick são bons, porém ele tentou se adaptar ao tipo de som do Megadeth e os solos dele acabaram soando EXATAMENTE igual aos do Mustaine, você só consegue diferenciar por causa de algumas técnicas de palhetada alternada que, quem é fã de Megadeth e toca guitarra, sabe que o Dave Mustaine não usa com freqüência e alguns poucos solos deles onde ele tentou mostrar sua personalidade como shreder acabaram soando muito pretensiosos e ainda sim sem personalidade, porque apesar do Dave Mustaine ter comentado pra Deus e o mundo que seu novo guitarrista pisoteia Friedman, com certeza ele pisoteia em velocidade e técnica, mas em criatividade tanto Chris Poland, como Jeff Young, Marty Friedman e até Glen Drover o deixam anos à trás e olha que não sou daqueles que automaticamente rotulam um shreder como sem criatividade, a questão é equilibrar.

Mas como disse, esse é ainda o primeiro disco com o ex-Nevermore na banda e ele ainda tem muito que provar. Enquanto ao Mustaine, sua guitarra está soando fantástica e pra quem ainda acha que Dave Mustaine não é um grande lead guitar, escute os discos citados “So far,so good...so what?” , “Peace sells...But Who’s Buying”, “Rust in Peace” e “System Has Failed”. Escute principalmente o “So far,so good...so what?” e “System Has Failed”, discos onde ele mais sola, ouça seus solos e reflita mais uma vez sobre a qualidade de Dave Mustaine.

No Endgame Dave Mustaine realmente atingiu um nível que ele não tinha chegado antes, seus vocais sempre soaram bem para o Megadeth, mesmo assim ele ainda não era o que se poderia chamar de grande vocalista. Nesse disco seu vocal continua estridente, caso o contrário não seria Megadeth, no entanto seu vocal está mais controlado e explora mais essa parte. Não vou falar muito sobre sua linha de guitarra, ele simplesmente está solando melhor do que nunca.

Em suma “Endgame” é um ótimo disco, tem peso, melodia, tudo o que você precisar você encontra neste disco, destaque para as músicas “Head crusher”, está é uma das mais excitantes do disco, para 44 minutes que possui linhas muito melódicas e passagens extremamente marcantes, “1,320’”um tipico som rápido para quem gosta de Speed metal e “Endgame” a música com mais passagens épicas, uma das melhores músicas gravadas pelo Megadeth.

Para concluir peço desculpas se minha crítica soou em algum momento parcial ou mesmo amadora, pretendo melhorar a cada post.

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