quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Falando um pouco de trabalho e Mars Volta



Hoje de fato eu marco o fim do recesso de quase um ano do expresso noturno, mas por quê? Por que tenho novas notícias? Alguma banda acabou? Alguma banda começou ou retornou as atividades? Definitivamente não! Eu realmente não tenho nada para escrever, mas também estou sem sono e sem o que fazer, portanto, considerando o gosto que tenho por escrever resolvi agora mesmo escrever algumas coisas, na base do improviso mesmo. Apenas teclando o que vem à minha mente. Por outro lado, não pretendo mais ficar com o blog parado.

Durante todo esse tempo que fiquei com o blog parado, porque estava estudando para concursos, vestibulares, eu não parei de ouvir música e eu continuei a sentir a imensa necessidade de dividir minhas experiências sonoras, que para mim são quase como efeitos de entorpecentes, com as pessoas em geral. O grande problema estava no fato de que eu já estava meio insatisfeito com layout do blog e a idéia era só voltar a postar quando estivesse com tempo para fazer uma reforma completa no blog.

Para mim, mesmo estando estudando e tudo, eu não levo muito tempo para escrever “coisas”, o que leva mesmo tempo são as buscas pelas mais adequadas imagens para cada post e o desenvolvimento gráfico do blog. Bom, eu ainda não tenho tempo para mexer no design, mas vou continuar a postar do mesmo modo, afinal, no blog como em qualquer outro veículo de comunicação, o mais importante é o conteúdo, claro que não devemos esquecer a parte gráfica também, mas no final nada faz sentido num blog se os textos são fracos.

Então, após as desculpas e explicações, vamos direto ao ponto, ao improviso. Bom considerando a situação de não ter muito que falar, vou falar então das bandas que ando ouvindo atualmente. Eu sempre me situei no lado extremo da força, ouvido as mais pesadas e radicais bandas de metal e punk, isso devido a influencia do meu irmão, que também curte e toca esses estilos.

Ultimamente eu tenho procurado mais por coisas diferentes e banda que anda fazendo minha cabeça desde 2008 é o Mars Volta, um grupo insano que deve ter atingido grande notoriedade no Brasil após a apresentação no SWU que, aliás poderia ter sido melhor. Não adianta, bandas como Mars Volta não rolam em festivais, eles precisam de um show só deles. Li por aí reclamações a respeito da interação deles com o publico, a revista de fofoca Contigo! Disse que o Mars Volta fez um show cansativo e que entrou mudo e saiu calado. Sério, o que eles esperavam? As músicas do Mars Volta são compridas, eles não tinham tempo pra trocar qualquer idéia com o público, tinham que tocar.

Quando começaram a anunciar as bandas que iriam tocar no SWU, eu realmente quis ir apenas pelo Mars Volta e pelo Queens Of The Stone Age, seria legal também ver o Cavalera Conspiracy, mas eu não fazia tanta questão, apesar de eu ser fã declarado de Sepultura e curtir também Soulfly. Eu sei que nesses festivais o tempo para cada banda é curta, e que a maior parte das músicas do Mars Volta são compridas, então eu iria pagar uma um preço salgado para ver cerca de cinco ou seis músicas, e é por isso que não gosto de festivais.

Enfim, como sempre estou divagando, mas um dos motivos pelo qual tenho curtido tanto o Mars Volta é porque eles são diferentes de tudo que eu já escutei, eles trazem a magia das bandas psicodélicas do final dos anos 60, mas não soam como algo chupado, saudosista ou clichê. A magia do final dos anos 60 a que me refiro, é aquela liberdade das bandas soarem diferentes umas das outras, de não haver a necessidade de rotular o seu som apenas para agradar uma gravadora, os timbres são ótimos justamente por não serem perfeitos, e toda aquela criatividade única. O Mars Volta possui todos esses elementos e deste modo fazem o som deles sem se preocuparem com o que o vizinho anda fazendo.

Quando você escuta o Mars Volta (cacete quantas vezes eu já disse o nome dessa banda?) você percebe na cara o talento único de cada músico, e o melhor, não é aquele talento artificial, metódico e técnico, que vem dessa nova geração de músicos que ao invés de tentar aprender um pouco sobre música escutando e tocando música, preferem ficar trancados a sete chaves em conservatórios tentando atingir na guitarra a velocidade que o homem nunca atingiu, a velocidade da luz.

Obviamente não estou criticando músicos que estudam em conservatórios, isso foi apenas um subterfúgio que usei para atingir músicos artificiais.

Aquela banda que eu já repeti o nome umas dez vezes faz um som literalmente sem rótulo, aliás, pra quem já escutou Mars Volta, dá pra rotular essa banda? Ainda não! Os músicos gostam de chamar apenas de rock progressivo, talvez pela polirritmia do grupo, mas a verdade é que o Mars Volta faz uma mescla do rock psicodélico, punk, Hard Rock, Jazz e devido as veias latinas de ambos os fundadores da banda, esta veia toma conta de toda a ambiência do grupo o tornando assim muito doido.

Bom acho que já falei bastante. Antes de concluir esse post eu gostaria novamente de pedir desculpas pelo recesso excessivo e, principalmente desculpas por esse ultimo post que, devido a total falta de planejamento ou qualquer coisa do gênero me forçou a escrever do jeito que falo, informal. Espero comentários.